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sábado, 19 de março de 2011

Que raio de País é este?

Bairros sociais, um "paraíso" subsídiodependente

Este país está virado do avesso, merece reflexão e sobretudo...acção ! Estes exemplos que vou relatar exemplificam o "estado a que isto chegou". E como estes quantos mais não existirão neste país virtual? 
Uma amiga minha sofre de uma doença psiquiátrica muito grave, encontra-se acamada em casa, onde residente apenas com a mãe. A jovem de 30 anos só se levanta para ir ao WC, não consegue sair à rua (agorafobia) nem ficar sozinha em casa. A mãe trabalha a dias numa casa particular onde aufere 200 euros mensais. Depois de pagarem 180 euros de renda de casa ficam com 20 (vinte) euros para (sobre)viverem. 
A Segurança Social pagava-lhe 150 euros por mês, o que dava para os medicamentos e comer bananas e beber leite. Nada mais. Entretanto chegaram os PEC's do Governo e as funcionárias da Segurança Social deslocaram-se à sua residência, vasculharam toda a casa em busca de sinais "interiores de riqueza" e foi longamente questionada como tinha adquirido um portátil, desconfiando da justificação (verdadeira) de que tinha sido uma oferta de uma pessoa amiga para lhe atenuar a solidão. O PC  é a sua única janela para o Mundo. Indiferentes à doença da jovem, no entanto, ameaçaram-na que se ela não se deslocasse ao hospital lhe retirariam todo o apoio. Ela não é incapaz de sair de casa e por incrível que pareça não existe um único médico do serviço público que se desloque ao domicílio para observá-la. Aliado a tudo isto, que já é grave,  as funcionárias da Segurança Social reduziram-lhe a prestação social quando a mãe lhes contou que a patroa lhes tinha dado 40 euros  para elas não morrerem de fome. Assim, desde Agosto do ano transacto, a jovem passou a receber a espantosa quantia de 5,48 euros por mês da Segurança Social. Isso mesmo 5 (cinco), 48 (quarenta e oito) euros. 
Mas esta vergonhosa rábula não ficou por aqui. Nem os PEC's. Como ela não compareceu à consulta marcada, por incapacidade de controlar os fortes ataques de pânico que sente quando tenta sair ou fica sozinha em casa, a decisão da Segurança Social foi pura e simplesmente cortarem-lhe também os 5,48 euros de apoio social. 

Agora o reverso da medalha. Outra amiga minha trabalha na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Ontem encontrei-a e estava revoltada. E com razão. Uma cigana entrou pela secção de atendimento dentro, sentou-se, apresentou um par de gémeos a juntar aos cinco filhos que já tinha e imediatamente a sua prestação social subiu de 1100 euros (mil e cem euros) para 1500 euros (mil e quinhentos euros). A cigana em causa vive com um companheiro que vende nas feiras mas não é tributado, faz centenas ou milhares de euros todos os fins-de-semana, vivem à borla numa casa oferecida pela Gebalis, não pagam luz porque têm uma baixada tirada directamente dos fios eléctricos que passam à porta, deslocam-se num Audi A4, para os passeios, ou numa carrinha Mercedes para as feiras e em casa não lhes falta televisores LCD's, Playstation's para os miúdos e toda a gama de electrodomésticos e outras comodidades. 
Diz-me essa minha amiga da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que não é raro o dia em que os ciganos lá vão e ameaçam os funcionários com porrada ou facadas e saem com subsídios de 800, 900, 1000 e mais euros. 
Estabelecendo um paralelo entre estes dois casos a pergunta que se impõe é a seguinte: em que porcaria de país é que vivemos? 

1 comentário:

  1. Vivemos na porcaria que as pessoas quiseram (e querem) votar!!!!

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