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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O que um Carneiro sofre por uma Sardinha




A minha Sardinha, segundo os astros, é sensual (olá se é...se vocês vissem como Ela se rebola para os meus abraços que nunca acertam no alvo...Nem um terramoto de grau 10 da escala de Richter produz aquele efeito de deixar atrás Dela um semelhante grau de destruição psicológico e o físico em escombros...) e eu, um pobre Carneiro desamado por Ela é fogoso (É verdade que às vezes nem preciso de um fósforo para acender um cigarro mas tem dias...Noutras alturas, se não fosse Ela não podia com uma gata pelo rabo e logo eu que tenho sete...Nada de confusões: sete felinos peludos e não gatas de duas patas...Isso das sete, ou melhor, das nove, já foi chão que deu uvas nos anos desvairados da ternura dos quarenta...) e sentem-se muito atraídos um pelo outro. Tão atraídos, tão atraídos que Ela quase nunca me atende o telemóvel e ainda ontem mal chegou já se tinha ido embora. A minha Sardinha é esperta não como um alho mas como uma alheira. Uma judia que me faz a judiaria de esperar que alguém se prepare para sair com o carro para Ela estacionar em segunda linha e, assim, nem me dar tempo de lhe dizer como está linda (ontem estava fabulosa, endeusada, rosto sorridente sem vergonha, curvas indiscritíveis que deixariam Miguel Ângelo ou Leonardo da Vinci no colete de forças num manicómio de destravados mentais devido à sua incapacidade de reproduzir um ser tão perfeito e ao mesmo tempo tão esquivo como só uma Sardinha, a minha, sabe sê-lo), perfeita e assombrosamente atraente como uma visão celestial da Lilith, a primeira esposa de Adão, despachada para as goelas do Inferno por um Deus irado, que não admitia nem tolerava que a sua criação feminina tratasse a sua criação masculina do mesmo modo fugidio que a minha Sardinha me escapa por entre as redes de palavreado doce que lhe atirou assiduamente sem assédios implícitos. Mal olho para o lado e já ela se escapuliu para o alto mar, manhosa, aproveitando a buzinadela do carro que pretendia sair e o Dela impedia. Sem um adeus sequer. Fiquei sem saber se o fugaz encontro teria acontecido na realidade ou não passaria de uma alucinação tipo Lucy In the Sky With Diamonds. Uma mulher de Peixes, como a minha Sardinha, é carinhosa (para quem o será, meu Deus, que até sou ateu e nunca dei por qualquer manifestação semelhante por parte Dela, muito imaginativa (ui...ui...estou Eu a contar-lhe uma história para menores de 7 anos e está Ela a fazer um filme para maiores de 77 primaveras, verões, outonos e invernos...)  e encherá o nativo de Carneiro de amor e admiração o que fará sobressair uma nova sensibilidade nele. Ela? Estão a brincar comigo. Só pode! Seus astrólogos da treta. Venham observar uma vez que seja o modo como a minha Sardinha fala comigo e vocês terão de virar o signo Peixes do avesso ou terão de rebaptizá-lo de Víbora, Dragona de Komoro ou Aranha Negra.
O nativo de Carneiro, como este pobre diabo,  é uma pessoa optimista (até a minha Sardinha me deixar a sentir menos útil que uma larva ou uma bactéria) e cheio de energia (que se esvai no esforço de ela acreditar nos meus sinceros sentimentos) mas muito responsável e trabalhador para se distrair dos desgostos quando Ela me deixa de rastos. Se a mulher (amada mas inacessível) for Peixes, irá admirar a força e a coragem do Carneiro, bem como a segurança que ele lhe transmite, mas de longe, tão longe, tão longe que nem o telescópio Hubble a enxerga. Ao homem de Carneiro, atrai exactamente a sensibilidade (devem estar a brincar...não? frágeis são os chavelhos do infeliz quadrúpede lanzudo) e fragilidade (pois, pois, aquele coração é mais coreáceo que a Muralha da China) da mulher Peixes, que lhe vai dar prazer proteger. Ela irá ajudá-lo a obter sucesso. Sucesso na infelicidade, claro ! 

Como nativa de Peixes, a Sardinha não se importará desse tipo de relação (quanto mais longe melhor, quando mais breve então é o ideal), mas também gosta de ser protectora e maternal (Oh lá se é...talvez com hipopótamos, rinocerontes e outros brutamontes...com este abandonado Carneirinho está de chuva). Ambos procuram segurança e estabilidade, mas ao mesmo tempo anseiam por liberdade e aventura (É como naqueles filmes em que lá vai o infeliz solitário com o cavalo pelas rédeas ao pôr-do-sol e Ela a divertir-se noutro lado qualquer à luz aveludada da Lua). Terá que ter alguma paciência (já esgotei o stock de calmantes)  quando Ele se torna muito critico (Eu???), teimoso (Não, não, sou um doce, um kit-kat...) ou quando se quiser divertir e sair e a ele não lhe apetecer! (O convite mais simpático que me fez foi adeus ó vai-te embora)...Para além disso será uma relação muito boa de cumplicidade e sensualidade. Por acaso é! Amo a Sardinha! Beijocas (nunca me dá tempo para isso mas aqui fica a intenção)...



3 comentários:

  1. Espero que sejas correspondido,fofusko depois desta declaração de amor!!!

    Bjks GI

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  2. Em vez de uma sardinha escolha uma carneira talvez tenha mais sucessos!!! Bj Carangueijo

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  3. Pois é, mas mesmo assim não troco a Sardinha por uma Pescadinha-de-Rabo-na-Boca...eheheheh!

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