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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

PORTUGAL À RASCA!




O ano de 2011 foi de desperdício para um Portugal cada vez mais à rasca. Várias foram as oportunidades de pelo menos pressionar um sistema político gasto, desfalecido e sem energia, ideias e soluções para relançar o País na senda do progresso e do bem-estar social. 
Entramos em 2012 com perspectivas bem mais negativas das que sonhávamos quando nos despedimos de 2010. Mais pobres, mais desempregados, mais desesperados e muito mais distantes da média europeia. Pior. Perdemos a independência para uma sombria e obscura Troika e o euro escorre esvaído e inseguro por entre os dedos agiotas de uma União Europeia a desfazer-se como areia levada pelas ondas do mar.
Elegemos Cavaco Silva para um segundo mandato como Presidente da República. Uma inutilidade. Saiu de cena pela esquerda baixa o famigerado José Sócrates para ascender ao trono um Passos rápido como um Coelho a reproduzir infindáveis ninhadas de medidas de austeridade. 
Ante este cenário aterrador de um apocalipse económico e social anunciado, por várias vezes o povo saiu à rua, calmo, sereno, repetindo até à náusea slogans rimados velhos e relhos, sempre ordeiro, sem passo trocado, enquadrado pela Polícia atenta, vigilante e também infiltrada, uma multidão sem qualquer centelha de indignação, a fazer lembrar as colunas de judeus alquebrados e submissos a caminho dos vagões que os transportavam para os fornos da II Guerra Mundial. 
O "sistema" político, desde o PR aos partidos e dos deputados às centrais sindicais, nenhum destes tentáculos do polvo desta espécie de Democracia quer ondas nas vagas das multidões. E estas obedecem às vontades soberanas das oligarquias. 
Não houve nem há no horizonte uma reunião expontânea com o ferrete da revolta pelos roubos legalizados do Governo e da Assembleia da República, uma contestação que faça tremer os alicerces desta III República que esmiufra os cidadãos, uma concentração que obrigue tudo e todos a repensar este status pérfido. 
Uma ida à consulta aumentou mais em termos percentuais que um bilhete de cinema. Este é só um exemplo da panóplia de extorsões do Governo aos governados. Medidas revoltantes apadrinhadas por um Presidente da República cúmplice destes logros eleitorais. E qual a reacção popular aos assaltos a que é sujeito? Umas "marchas" até São Bento depois devidamente autorizadas pelas autoridades. 
Mesmo estes grupos facebookianos de "descontentes" acomodaram-se às lamentações e às lamurias. Ao invés de estimularem a acção objectiva e pressionante sobre os órgãos de soberania que não cumprem o seu dever de servir os cidadãos em vez de se servirem dos cidadãos distendem-se em divagações vazias de qualquer sentido prático. Até os próprios governantes estão admirados com a ausência de contestação social...
Assim não vamos lá !

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