O bombardeamento nuclear de Hiroshima foi um dos piores crimes de guerra praticados pela Humanidade. A cidade japonesa não era um alvo importante industrial ou militar na II Guerra Mundial. Quando a superfortaleza voadora "Enola Gay", comandada pelo coronel Paul Tibbets, largou a "Fat Boy", a primeira bomba atómica a ser usada num conflito, quem sofreu as consequências da ordem emanada pelo presidente americano Harry Truman foram 90 mil inocentes que, de um momento para o outro, foram incinerados por um engenho apocalíptico e mais 90 mil sofreram ferimentos atrozes pela exposição à radiação.
Quem escreve a História são os vencedores, costuma dizer-se e com uma certa razão. É um facto que na História da II Guerra Mundial as atrocidades são atribuídas aos Alemães e aos Japoneses e aos seus aliados. Hiroshima e mais tarde Nagazaki, assim como os bombardeamentos a civis em Tóquio, Dresden, Hamburgo, Colónia e outras cidades germânicas são actos de barbaridade selvagem ao nível das praticadas pelos exércitos de Hitler ou do Império do Sol Nascente.
O sadismo moral dos responsáveis do suposto Bem que combatia as hordas do Mal chegou ao ponto extremo de ser proibido aos médicos tratar durante alguns anos os sobreviventes das bombas atómicas para os cientistas "estudarem" a evolução do estado de "saúde" dos "doentes" sujeitos às radiações.
O sinistro médico nazi Dr. Mengel não decidiria melhor...
Comemoram-se entre hoje e depois de amanhã os tristes aniversários de Hiroshima e Nagazaki. Já lá vão 67 anos e ainda hoje existem fanáticos políticos-religiosos cristãos, judeus, hindus e muçulmanos ou ateus comunistas ávidos de repetirem a História.