Agora ou nunca...
Passos Coelho ascendeu à liderança do PSD como uma corrente de ar fresco depois das chefias sociais-democratas bolorentas de Marques Mendes, Luís Filipe Menezes e Manuela Ferreira Leite. Uma das suas primeiras medidas anunciadas ao país foi a sua intenção de rever a constituição da República Portuguesa. Ora, caiu o Carmo e a Trindade e desde os "progenitores" da lei rainha até aos socialistas e a gente do seu próprio partido todos lhe caíram em cima. Em vez de se manter firme nas suas convicções e levar essa reforma até às últimas consequências, o líder do PSD titubeou e hoje já não se percebe bem o que pretende ou se haverá alguma alteração no futuro. A Constituição de Portugal parece um romance russo com um enredo confuso e completamente desfasado da realidade. PPC nunca deveria ter cedido nessa necessidade fundamental de virar do avesso uma lei "rumo ao socialismo", que tem sido esquartejada pelo Partido Socialista, nomeadamente na Saúde e Educação "tendencialmente gratuitos", sectores que a desgovernação socialistas tem vindo a tornar "tendencialmente mais caras", com o autêntico roubo aos doentes de pagarem o internamento como se estivessem num hotel a passar férias...
O segundo erro de Pedro Passos Coelho foi dançar o tango com José Sócrates, metendo-se ingenuamente na boca do lobo, sabendo que o primeiro-ministro não merece qualquer confiança seja em que campo for porque não tem palavra e mente com todos os dentes que tem e ainda pede umas dentaduras emprestadas aos camaradas socialistas que o idolatram como um deus.
O terceiro passo em falso de Pedro Passos Coelho aconteceu quando evitou uma crise política para não afectar a reeleição de Cavaco Silva, um presidente que colocou os seus interesses pessoais, como candidato, acima dos interesses de Portugal. A seita cavaquista do PSD, liderada pelos comentadores Pachecos Pereiras e quejandos Rebelos de Sousa, tem sido um autêntico pesticida para Pedro Passos Coelho, que não soube despejar num aterro sanitário todos aqueles "esqueletos" que enchem o armário social-democrata.
Também foi uma irresponsabilidade política do chefe da tribo das setas a sua colaboração nos PEC's I, II, III e em deixar passar o Orçamento de Estado aldrabado pelo Partido Socialista até que decidiu, finalmente, dizer "basta!" a toda esta rebaldaria socrática no dia 23 de Março. No entanto, aí já era tarde e o povo desconfia de quem tanto hesita.
Os portugueses querem e precisam neste momento em que José Sócrates levou o país à bancarrota de alguém que seja preto ou branco e não cinzento. Agora, ou Pedro Passos Coelho recupera com firmeza as suas ideias ou desaparecerá sem honra nem glória na poeira da memória com a responsabilidade irreparável de deixar à frente do infeliz destino português o cigano que há seis anos anda a vender gato por lebre nesta feira à beira mar plantada.
Tenha tomates, Homem!
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