À espera de novas políticas!
As praças das principais cidades espanholas encheram-se de "acampadas" para mudar o "status" político de Espanha. E mudaram. Quase todas as regiões autónomas passaram do PSOE "socialista" para o PP "liberal", à excepção do País Basco e da Catalunha, onde venceram partidos nacionalistas e pró-independência. A mudança, no entanto, não foi a pretendida por esses movimentos populares porque, ao fim e ao cabo, tudo ficou na mesma, à excepção de mais um empurrão para a secessão do País Basco e da Catalunha da coroa de Castela, o que, obviamente, acabará numa guerra civil.
Em Portugal, alguns espanhóis e bastantes portugueses vão "acampando" pelo Rossio a poucos dias de eleições legislativas. A intenção também é mudar o "status" aqui no nosso rectângulo da Península Ibérica. E, tal como em Espanha, também se verificará uma transmissão de poder, neste caso do PS para o PSD (+ CDS). A única diferença entre os dois estados é que ainda não temos por cá partidos independentistas dos Açores, Madeira, Miranda do Douro, Algarve ou Cova da Moura (este último um caso muito semelhante ao do Kosovo...)!
O que vai mudar a partir de 5 de Junho?
As reformas em duplicado e triplicado mantêm-se (apesar do FMI);
As reformas acima dos 1800 euros (o máximo permitido na rica e próspera Suíça) mantêm-se (apesar do FMI);
As reformas vitalícias de deputados, ex-presidentes da República e outros políticos mantêm-se (apesar do FMI);
As reformas mais baixas, no entanto, continuam congeladas;
A Constituição Portuguesa escrita pelo Léon Tolstoi sobrevive intocável;
A Lei Eleitoral continua a impedir os cidadãos de eleger o primeiro-ministro, o governo, os ministros e os deputados que pretendemos;
A Justiça continuará politizada, com o PGR nomeado por confiança política do PR e do PM;
O Tribunal Constitucional é na sua maioria constituído por comissários dos partidos da Assembleia da República;
O Governo continuará sem prestar contas aos cidadãos;
A diferenciação laboral entre funcionários públicos e privados e a ADSE e a Segurança Social manter-se-à;
A Administração Pública continuará a ser um feudo dos partidos do governo;
Os excessos nas empresas públicas e autárquicas continuará a engordar as contas bancárias dos gestores;
E seria fastidioso enumerar o que vai de mal a pior...
Portanto, continuemos a aguardar por uma manhã radiosa com os canos das armas a assomarem às esquinas dos alvos estratégicos que serão necessários tomar e/ou derrubar.
Entretanto, vamos conversando...
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