Às 18 horas do dia 14 de Agosto de 1385, em Aljubarrota, a independência de Portugal decidia-se numa cumeeira estreita entre as ribeiras da Calvaria e do Vale da Mata. Frente a frente os exércitos de Portugal, lideradas por Nuno Álvares Pereira e o rei D. João I, reforçado com umas centenas de archeiros e besteiros de Inglaterra, e as forças de Castela, comandadas por D.Juan I, e reforçadas por tropas de França, Reino de Aragão (actual Catalunha), reinos italianos e uma força de cavalaria... portuguesa, integrando os fidalgos traidores à causa da liberdade lusitana.
A elite intelectual nacional não pretendia ver D. João Mestre de Aviz coroado rei de Portugal. O Povo, sempre o Povo na História de Portugal a decidir o seu destino..., saiu à rua, cercou os castelos dos senhores feudais, matou muitos deles e obrigou outros a fugirem para Castela, onde se colocaram às ordens do rei nosso inimigo. Daí se compreenda a sua presença em Aljubarrota.
A peleja decorreu conforme o planeado pelo Condestável Nuno Álvares Pereira. O rei D. Juan I mandou flanquear as nossas forças e caiu na armadilha. A cavalaria francesa viu-se comprimida no "beco" formado pelas duas ribeiras e a sua enorme superioridade numérica de nada lhe serviu. Trespassada pelas flechas e virotões dos arqueiros e besteiros e empaladas nas valas anteriormente cavadas e armadilhadas com estacas aguçadas, os homens do Marquês de Vilhena não conseguiram ultrapassar as paliçadas de troncos onde se resguardavam a infantaria portuguesa e não dava espaço para um cavalo penetrar. À medida que tombavam mortos ou feridos, os cavaleiros gauleses impediam a passagem dos seus companheiros mais atrasados. Os cavalos não saltam sobre obstáculos que instintivamente sabem não poder ultrapassar e a confusão instalava-se na inútil cavalaria pesada francesa. A golpes de malhos e alabardas, os cavaleiros, agora em pé, sucumbiram ou foram feitos prisioneiros pela infantaria portuguesa.
A cavalaria ligeira espanhola do Marquês de Alcântara tentou envolver o pequeno exército português de 10 mil homens mas as barreiras naturais das ribeiras não o permitiam. No Chão da Feira, onde estavam posicionadas as tropas invasoras, o rei Juan I de Castela apercebeu-se da gravidade da situação, mandou avançar a infantaria pesada. Os homens, com pesadas armaduras e protecções, não conseguiam marchar em formatura sobre os cavalos e os cavaleiros caídos num terreno pejado de obstáculos. Apesar de terem avançado um pouco mais que a cavalaria francesa, os infantes castelhanos foram detidos pelo fogo cruzado dos arqueiros e besteiros luso-britânicos.
A pouco e pouco, no confronto de lanceiros, a vanguarda portuguesa foi cedendo ao ímpeto e à força do número dos castelhanos, mas ao entrarem dentro do quadrado defensivo ficaram cercado pelas alas de arqueiros e besteiros, ao mesmo tempo que a cavalaria do próprio rei de Portugal, D. João I, carregou e fechou o inimigo numa armadilha mortal. Quanto mais se amontoavam dentro desta ratoeira mais fácil se tornava aos lanceiros portugueses trespassar o inimigo, cujas lanças eram mais curtas e não dispunham de espaço para manejá-las. Espadas, machados, alabardas, malhos e achas de armas esquartejaram sem piedade uma massa humana castelhana encurralada e já descrente na vitória.
Os prisioneiros invasores foram trespassados pelas armas dado que não era possível destacar homens para a sua vigilância, uma vez que a cavalaria ligeira do Marquês de Alcântara tinha encontrado uma aberta para atingir uma rectaguarda portuguesa com poucos efectivos. O pânico, porém, já se instalara entre os catelhanos, franceses, aragoneses e italianos. A fuga desordenada começara.
O rei Juan I retirou apressadamente e o grosso dos sobreviventes ficou entregue à sua sorte. No campo de batalha tinham perecido menos de mil portugueses e ingleses, quanto cinco mil inimigos jaziam mortos numa pequena parcela de terreno armadilhado. A população não ficou em casa depois da batalha e saiu à rua à caça dos castelhanos e seus aliados em fuga. Outros cinco mil foram chacinados pelas milícias populares que os rechaçou com machados, foices, ancinhos e tudo que o pudesse trespassar o odiado inimigo invasor.
Este foi apenas um dos episódios da História de Portugal em que o Povo tomou os destinos do País nas suas mãos e defendeu-o com sangue, coragem e denodo contra invasores estrangeiros e traidores portugueses. Os verdadeiros patriotas não embarcam em "jangadas de pedra"...
E hoje, em 14 de Agosto de 2013?
Os prisioneiros invasores foram trespassados pelas armas dado que não era possível destacar homens para a sua vigilância, uma vez que a cavalaria ligeira do Marquês de Alcântara tinha encontrado uma aberta para atingir uma rectaguarda portuguesa com poucos efectivos. O pânico, porém, já se instalara entre os catelhanos, franceses, aragoneses e italianos. A fuga desordenada começara.
O rei Juan I retirou apressadamente e o grosso dos sobreviventes ficou entregue à sua sorte. No campo de batalha tinham perecido menos de mil portugueses e ingleses, quanto cinco mil inimigos jaziam mortos numa pequena parcela de terreno armadilhado. A população não ficou em casa depois da batalha e saiu à rua à caça dos castelhanos e seus aliados em fuga. Outros cinco mil foram chacinados pelas milícias populares que os rechaçou com machados, foices, ancinhos e tudo que o pudesse trespassar o odiado inimigo invasor.
Este foi apenas um dos episódios da História de Portugal em que o Povo tomou os destinos do País nas suas mãos e defendeu-o com sangue, coragem e denodo contra invasores estrangeiros e traidores portugueses. Os verdadeiros patriotas não embarcam em "jangadas de pedra"...
E hoje, em 14 de Agosto de 2013?
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