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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A primeira voz de 2012

Nunca gramei o Fim do Ano. Ninguém me pergunte porquê. Nem eu próprio sei qual o motivo desta profunda aversão pelo raio desta data. E que ninguém me chateie na véspera ou no dia de Ano Novo. 
Fui à janela para ver os foguetes e o fogo-de-artifício às 12 badaladas da meia-noite. Nada. Nem uma luz riscou os céus. Tempos de crise. No entanto, em vez dos estampidos ouvi a voz tonitroante da Dª Olga, uma das figuras mais castiças e simpáticas do meu sítio e pela qual nutro um carinho muito particular. Ri-me com os sons que saiam da boca dela, os quais superariam em volume o estoiro de qualquer "latada" pirotécnica que estivesse por perto. 
Sem o saber, a Dª Olga conseguiu algo quase impossível: fazer-me sorrir na noite do ponto final anual...

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