Muito se fala, escreve e publica que o Povo Português está resignado com as medidas de austeridade que o esmagam no dia-a-dia. Vou mais longe. Toda a Europa se encontra entorpecida com um dose de cavalo de "morfina" alemã desde que se desenvolveu esse embuste da Terra Prometida que é a União Europeia. Quanto mais se aprofunda essa ideia que nasceu do medo cobarde da França do General De Gaulle que a Alemanha se reerguesse com propósitos bélicos dos escombros do III Reich pior vão vivendo os cidadãos do Velho Continente, sobrecarregados por uma política direccionada para a obsessão de controlar os défices das contas públicas quando, como se sabe, todos os países devem dinheiro uns aos outros.
O acordo Ronald Reagan-Margaret Tatcher, nos anos 80, que permitiu aos bancos escaparem ao controlo dos respectivos governos abriu a porta ao galope desenfreado de um mercado liberal elevado ao extremo, espezinhando na fúria da sua passagem as pessoas e as suas necessidades básicas.
E os povos europeus, domados pelos encargos do dia-a-dia ditados por uma União tecnocrata e essa tenebrosa e abstracta imagem que são os "mercados" esvaíram-se da sua ancestral rebeldia. Não, não são apenas os portugueses que pouco ou nada reclamam e de vez em quando desfilam pelas avenidas em magotes ordeiros controlados pela Polícia, solicitados pelos sindicatos e olhados com desdém pelo Presidente da República e os membros do Governo.
Onde estão os espanhóis que lutaram e morreram pela República?
Onde estão os bascos, os catalães e os asturianos que queriam separar-se de Castela?
Onde estão os franceses que mudaram as mentalidades com o Maio de 68?
Onde estão os ingleses que obrigaram Tatcher a demitir-se devido a um simples imposto?
Onde estão os irlandeses que interromperam a luta de séculos contra o colono inglês?
Onde estão os húngaros e os checos que se revoltaram contra o urso soviético, soçobrando apenas ao serem esmagados pelas lagartas dos tanques do Exército Vermelho?
Onde estão os polacos que encetaram a histórica luta nos estaleiros de Gdansk e fizeram estremecer o Pacto de Varsóvia?
Onde estão os romenos que marcharam sobre Bucareste para depor o ditador Ceausescu?
Onde estão os gregos da sangrenta guerra civil pós-II Guerra Mundial e da deposição da ditadura dos coronéis?
Onde estão os lituanos, letões e estónios que enfrentaram a gigantesca Rússia?
Onde estão os finlandeses da épica Guerra de Inverno com o seu vizinho comunista?
Onde estão os italianos que penduraram Mussolini na praça de Milão?
Onde estão os povos da ex-Jugoslávia, o único país que se libertou dos exércitos de Hitler sem ajuda externa e logo de seguida disseram "não" a Estaline?
Onde estão os descendentes dos heróicos resistentes da Holanda, Dinamarca, Noruega e voluntários da Suécia.
Portugal, é verdade, poderá estar adormecido, mas também o resto da Europa se encontra aconchegada no regaço de uma ama-seca intratável que dá pelo nome de Angela.
Quando os sinos tocarem a rebate o despertar será bem amargo!
O acordo Ronald Reagan-Margaret Tatcher, nos anos 80, que permitiu aos bancos escaparem ao controlo dos respectivos governos abriu a porta ao galope desenfreado de um mercado liberal elevado ao extremo, espezinhando na fúria da sua passagem as pessoas e as suas necessidades básicas.
E os povos europeus, domados pelos encargos do dia-a-dia ditados por uma União tecnocrata e essa tenebrosa e abstracta imagem que são os "mercados" esvaíram-se da sua ancestral rebeldia. Não, não são apenas os portugueses que pouco ou nada reclamam e de vez em quando desfilam pelas avenidas em magotes ordeiros controlados pela Polícia, solicitados pelos sindicatos e olhados com desdém pelo Presidente da República e os membros do Governo.
Onde estão os espanhóis que lutaram e morreram pela República?
Onde estão os bascos, os catalães e os asturianos que queriam separar-se de Castela?
Onde estão os franceses que mudaram as mentalidades com o Maio de 68?
Onde estão os ingleses que obrigaram Tatcher a demitir-se devido a um simples imposto?
Onde estão os irlandeses que interromperam a luta de séculos contra o colono inglês?
Onde estão os húngaros e os checos que se revoltaram contra o urso soviético, soçobrando apenas ao serem esmagados pelas lagartas dos tanques do Exército Vermelho?
Onde estão os polacos que encetaram a histórica luta nos estaleiros de Gdansk e fizeram estremecer o Pacto de Varsóvia?
Onde estão os romenos que marcharam sobre Bucareste para depor o ditador Ceausescu?
Onde estão os gregos da sangrenta guerra civil pós-II Guerra Mundial e da deposição da ditadura dos coronéis?
Onde estão os lituanos, letões e estónios que enfrentaram a gigantesca Rússia?
Onde estão os finlandeses da épica Guerra de Inverno com o seu vizinho comunista?
Onde estão os italianos que penduraram Mussolini na praça de Milão?
Onde estão os povos da ex-Jugoslávia, o único país que se libertou dos exércitos de Hitler sem ajuda externa e logo de seguida disseram "não" a Estaline?
Onde estão os descendentes dos heróicos resistentes da Holanda, Dinamarca, Noruega e voluntários da Suécia.
Portugal, é verdade, poderá estar adormecido, mas também o resto da Europa se encontra aconchegada no regaço de uma ama-seca intratável que dá pelo nome de Angela.
Quando os sinos tocarem a rebate o despertar será bem amargo!
Tudo correcto, Tozé, mas poderias alargar isso ao resto do mundo podendo começar pela terra do tio Sam, por exemplo. Onde estão os "bravos" desse "lar"?...
ResponderEliminarIsto é global, Tozé. O Genocídio e a Eugenia são PRÁTICAS COMUNS (aqui mesmo, por exemplo).
Políticas de acabar com a Educação Pública ocorrem por todo o lado (Chile, Republica Dominicana...). Assim como as BARRAGENS hidroeléctricas mais do que inúteis (Brasil, Chile, Portugal...).
Os senadores chilenos venderam o património genético do seu país (refiro-me aos vegetais e não sei se animais à Monsanto). Não sei se isso foi revertido ou não?
Nos EUA e Canadá, as liberdades civis cada vez são mais cortadas e que reacção há.
Não há pontos comuns nisto, para além do ABSURDO das medidas? Será isto coincidência?
Claro que depois de ver tanta coisa (isto que escrevi nada é) cheguei à conclusão que afinal não são só os portugueses que são "mansos".
Abraço
Vitor Marinho