As armas não têm vida própria...
Noticiam os jornais que um militar da GNR morreu com um tiro na cabeça devido a disparo acidental quando manuseava a arma de serviço. Estes pormenores evidenciam uma série de contradições. Em primeiro lugar, as armas não disparam sozinhas; em segundo lugar, como estaria ele a mexer na arma para a bala se alojar na própria cabeça? Há aqui alguma coisa que não bate certo. É um facto que as forças policiais têm um défice terrível de preparação com armas de fogo e são um perigo público com elas nas mãos. Seja pelo programa de formação dos agentes, seja por questões de ordem orçamental, a verdade é que o treino na carreira de tiro é essencial quer para evitar acidentes, quer para as usar em caso de força maior.
Quando se pega numa pistola, retira-se o carregador, destrava-se a patilha de segurança, puxa-se atrás o manobrador da culatra, o que faz saltar alguma munição que esteja dentro do mecanismo de disparo, e prime-se o gatilho para o ar ou para o chão depois de a culatra estar em posição de fogo e assim há a certeza absoluta que não existe qualquer perigo. A carregar a arma, introduz-se o carregador, coloca-se a patilha em modo de segurança, arma-se a culatra para entrar uma munição e está pronta a ser enfiada no coldre ou a empunhá-la sem qualquer perigo. Que diabo, isto é assim tão difícil de aprender e treinar para manejar uma pistola em perfeita segurança? Claro que não. Não há, portanto, armas que disparam sozinhas e muito menos que atinjam o própria na sua cabeça. A não ser que...
Uma sugestão: ponham os veteranos da Guerra do Ultramar reformados a ensinar aos polícias como se manejam armas e estes "acidentes" acabam de uma vez para sempre!
Parece-me tudo, menos um acidente. Dever ter sido mais um "acidente" chamado suicídio!
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