O Pai dos Povos, La Pasionaria e os parvos
Nunca fui de grupos nem em grupos. Excepto nas equipas onde joguei e nos quartéis ao serviço da Nação. No trabalho, então, nem pensar. Grupos nem vê-los. No espaço virtual da Internet entrei num dos grupos anti-sistema político agora em voga. Nada de novo para mim que sempre fui anarco-nacionalista com todas as vantagens e desvantagens que o meu de estar implica. Bem, nesse grupo, do qual já me despedi, conheci gente impecável pessoal e intelectualmente mas esbarrei também com o sarro de qualquer organização portuguesa: a prepotência. E fez faísca, claro.
Ser anti-sistema pressupõe abertura de ideias ou de espírito. Nem todos. O grupo tem uma administração que está para quem lá transita como a Brigada de Trânsito para o trânsito. Desde que a malta siga o Código da Estrada tudo rola sobre rodas. Mas...Há sempre um mas nestas histórias de grupos. Um grupo português sem ditadores não é uma organização perfeita. Basta dar um cargozito insignificante a um lusitano e logo nas suas veias começa a ferver o sangue de vândalo.
Claro que o "sanguinolento vândalo" Zé Estaline, um tronco de nogueira carunchoso corroído pelo autoritarismo, tinha de vir marrar comigo. O Pai dos Povos julgou que iria reinar como Pai dos Parvos. Eu que nunca aturei o Salazar e estou-me nas tintas para os políticos de A a Z ripostei-lhe também com o meu sangue vândalo e acrescentei-lhe uns pozinhos de alano e suevo e ainda a minha costela árabe.
Ao Zé Estaline junta-se La Pasionaria. Esta não é Dolores mas tem uma dor de corno qualquer.
Atenção que a autocracia nacional é unisexo.
O bronco do tronco e la pasionaria, a nomenklatura do Kremlin do Grupo, esgotaram as formas de achincalhar o pessoal que se deixa achincalhar e à falta de novos "recrutas" passaram a embirrar com os...animais. "Não gastemos energias com os animais", clama o Zé Estaline lá da sargeta; "Não sei como se pode chorar a morte de um cão", esganiça La Pasionaria que veio lá das cárceres do Leste a derramar lágrimas de crocodila sobre a mala e os sapatos de dita cuja, como se a Norte, a Sul e a Oeste nunca se tivessem erguido prisões ou praticado holocaustos.
Eu, na estrada, entre atropelar um cão ou gente desta não hesitava...E depois eu, o canino e os meus gatos vivíamos felizes para sempre ! Se o meu "General Patton Kanoka" deixasse...Mas isso é outra história!
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