A Lua eclipsou-se ontem. Como uma bela mulher que usa a surpresa como sedução. Desaparece e deixa-nos a pensar por onde andará. Depois chega e envolve-nos num abraço de luar. A ansiedade acalma e a ternura daquela luz lânguida invade-nos os sentidos. É uma amante insaciável ao olhar guloso que ela acicata com o desejo da distância. É de todos e não é de ninguém. Insinua mas não se entrega, Beija-nos com um aveludado luminoso e sereno. É uma amante esquiva mas volta sempre com o mesmo glamour. E nós perdoamos-lhe a ausência. E voltamos a amá-la tanto ou mais que antes.
A propósito, a minha "mais-que-tudo-e-alguma-coisa" também se eclipsou ontem...Antes, porém, brilhou intensamente...
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