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sábado, 6 de agosto de 2011

O melhor AMIGO do HOMEM


Há dias em que um tipo anda "cinzento" e menos expansivo que o habitual. Só os idiotas pobres de espírito exteriorizam sempre o mesmo estado emocional. Não se saboreia devidamente a alegria se não se viverem momentos tristes. Nunca se sentirá a força da coragem se o medo não atravessar o nosso caminho. Estes pormenores, no entanto, são contas de outro rosário. Os amigos e conhecidos, e quantas vezes a própria família, nem sempre sabem interpretar no momento exacto se uma pessoa precisa de maior atenção ou de uma palavra estimulante na hora h. Como um dia escreveu o meu ex-colega Eduardo de Castro "a indiferença humana é egoísta e cruel". A propósito, o que é feito de ti, Eduardo? Ontem, fumava um cigarro no jardim adjacente a minha casa. Estava introspectivo por vários motivos. Amigos e conhecidos iam passando com uma "boa tarde" e mais umas palavras de circunstância normalmente relacionadas com o tempo. Que mania. Se quiser saber as condições temporais vou ver o boletim meteorológico. Por fim, apareceu uma senhora que raramente  encontro. Trazia uma cadela pela trela.  A lady canina parou junto a mim, cheirou-me demoradamente e sentou-se a olhar-me fixamente. De repente, sem que nada o fizesse prever porque nunca tinha visto a bicharoca, começou a lamber-me o pescoço, o queixo e a face. A dona ficou admirada e disse-me que ela não costuma ter essas atitudes com desconhecidos. Mas eu não me surpreendi. Ela tinha-me compreendido. E animou-me. Ou não fosse o melhor amigo do Homem. À excepção dos meus gatos, claro! 

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