Hiroshima foi um crime contra a Humanidade. Há 68 anos, um bombardeiro pesado B-29, uma Super-Fortaleza Voadora, baptizada pelo seu comandante, o coronel Paul Tibbets, de Enola Gay, em homenagem à mãe, lançou a primeira bomba atómica sobre uma cidade pacata e sem objectivos militares importantes, matando imediatamente 80 mil pessoas e muitas dezenas de milhares com sequelas daquele dia já longínquo mas inesquecível de 6 de Agosto de 1945.
A História é sempre escrita pelos vencedores e nesta lógica maniqueísta os crimes de guerra e contra a Humanidade foram perpretados pela Alemanha de Hitler, a Itália de Mussolini e o Japão de Hirohito. Todos os outros foram uns "santos". Como se a Inglaterra, os Estados Unidos e a União Soviética não tivessem assassinado milhões de civis em Berlim, Hamburgo, Dresden, Colónia, Estugarda, Hiroshima, Nagasaki, Tóquio, Katyn, Budapeste, Kiev e centenas de outros lugares bombardeados seqm qualquer piedade pelos inocentes.
A desumanidade dos americanos foi idêntica à dos nazis nos campos de concentração quando proibiram durante meses auxílio aos sobreviventes de Hiroshima e de Nagasaki para "estudarem" os efeitos da radiação a longo prazo no corpo humano.
Mas para a História passou o embuste de que as bombas atómicas tinham salvo centenas de milhar de vidas americanas na programada invasão do Japão, que acabou por não acontecer.
Sem comentários:
Enviar um comentário