Quando escrevi no grupo "1 Milhão", logo a seguir aos atentados na Noruega, que tudo isto não era obra um "louco" recebi logo críticas de que estaria a fantasiar uma "teoria da conspiração", isto porque recordei a existência de um exército clandestino europeu apoiado pela NATO, CIA, MI6, PIDE e outras polícias do mundo livre, denominado Gládio, que treinava mercenários para sabotar uma eventual invasão da Europa Ocidental pelo Pacto de Varsóvia.
Apesar das pressões existentes da União Europeia sobre os mais diversos países para saberem se essa organização foi extinta ou ainda continua activa, com depósitos de armas e munições espalhadas pelo Velho Continente, a verdade é que até agora nenhum deles respondeu de forma clara e convincente sobre o melindroso assunto.
Há muito tempo que circulava pela Internet o manifesto dos "Novos Templários", com páginas no Facebook polvilhada de "likes" de milhares de apoiantes de todo o Mundo perante a indiferença ou o desconhecimento total das autoridades mundiais e dos "espiões" espaciais que custaram milhares de milhões de dólares aos contribuintes americanos e europeus. Todos os departamentos de segurança foram apanhados com as calças na mão. Tal como no 11 de Setembro, em Nova Iorque e Washington, quando os americanos, entre os milhares de aviões de combate que possuem, apenas tinham dois (!!!) F-16 em condições de intervir na zona e mesmo assim encontravam-se desarmados...
Assim que se consumaram as chacinas foram milhares os internautas que em poucos minutos aplaudiram esta missão sanguinária, o que levou o "Facebook" a fechar a página. A "Nova Ordem" europeia encontra-se disseminada pelo Velho Continente de uma forma muito mais profunda do que os mais ingénuos possam imaginar.
Se "Os Novos Templários" e a "Gládio" estão interligadas não se sabe nem nunca se saberá. No entanto, existem pontos em comum que não devem colocar de parte esta hipótese ou pelo menos considerar este novo movimento com um descente ou a recriação de exércitos secretos, agora acrescentados na sua génese com um "lifting" anti-islâmico.
Anders Behring Breivik confessou à polícia que existem mais duas células de "novos templários". Por mim existem muitas mais. No caso de Portugal, por exemplo, constam 10.807 portugueses na "lista negra" a assassinar. Porquê um número tão concreto e preciso e não uma soma redonda tipo 10 mil ou 20 mil? Será que ele conhece tão minuciosamente a vida pública e política portuguesa ao ponto de sentenciar os nossos 10.807 cidadãos "traidores" ou alguém residente no nosso país e pelo menos simpatizante com a "causa" o informou sobre os alvos a atingir? As refinarias de Sines e de Matosinhos bem como o reactor nuclear da Bobadela, condenadas à destruição pelo norueguês, como chegaram ao seu conhecimento? Pelo Google Maps? Não acredito. Estando o idioma norueguês nos antípodas do português não existe o mínimo erro ortográfico nos documentos de Andres Breivik. Estranho, não é? Dos partidos políticos com representação parlamentar apenas o CDS escapa à "lista negra". Todos os outros são alvo da ira dos "novos templários". O "rapaz" está muito melhor informado sobre a política nacional do que uma grande percentagem da população indígena lusitana.
Que é relativamente fácil produzir bombas de grande efeito explosivo a partir de materiais aparentemente inócuos e de uso comum já eu o tinha escrito muito antes, sem, no entanto, explicar as fórmulas, as percentagens e como se "limpam" antes de estarem operacionais. Depois basta, por exemplo, um toque de telemóvel para as accionar. Mesmo assim é uma tarefa muito perigosa e que requer muito treino específico. "Trabalhar" as munições para estas serem mais mortíferas e eficazes é uma área para especialistas e requer uma preparação bastante específica que não está ao alcance de todos. Não vou entrar em pormenores quanto à alteração das munições, mas desde as balas explosivas aos projécteis de estilhaços tudo é possível nesta "arte". E o Anders Brevik soube utilizar todos estas "artimanhas" para amplificar os resultados da matança. Quem o treinou? Na Internet existe muita teoria mas daí à prática ainda vai um grande passo que, em falso, pode sempre ser o último...
A tese do "louco", essa sim, é uma fantasia que pode custar muito caro à Europa se for considerada como a causa deste acto. Só um indivíduo muito calmo, com um enorme sangue frio e uma confiança infinita nas suas capacidades é capaz de lavar a cabo com êxito uma operação complexa como esta. Com rigor militar, Anders seguiu à risca os manuais de uma operação de surpresa. Criou uma manobra de diversão para atrair a Polícia a um determinado local e seguiu calmamente para o objectivo principal, centenas de jovens do Partido Trabalhista, encurralados numa ilha de dimensões pouco maiores que as Berlengas. Muitos dos futuros governantes da Noruega foram deliberadamente assassinados. Pelo sim pelo não...Os "loucos" não agem assim tão minuciosamente. O seu "modus operandi" é causar o maior número de estragos que possam e ou morrem durante o acto ou suicidam-se após cometê-los. Aqui, tal como nos serial-killer, a demência temporária não pega.
Anders sabia que, tal como em Portugal, as forças especiais da Polícia estão limitadas na sua acção, o que lhe dava tempo para actuar. Se houvesse um caso idêntico no nosso país, a polícia teria de requisitar um helicóptero de transporte à Força Aérea, o comandante da base seria obrigado a pedir autorização ao Estado-Maior da FA e daí para baixo na hierarquia até que o héli fosse à base da Polícia embarcar um grupo de Operações Especiais e daí voar até ao local da crise seria mais ou menos o mesmo tempo que gastaram as autoridades norueguesas. Lá como cá, a burocracia dos "quintais" da segurança são compartimentos estanques que atrasam a operacionalidade das forças da ordem. A prioridade é passar multas, verificar se os restaurantes fazem a comida com colheres de pau ou se as bolas de berlim que se vendem nas praias estão de acordo com as normas da União Europeia...
A conclusão que retiro deste acontecimento lamentável é que Anders é ele próprio uma célula de um corpo com cabeça tronco e membros, os "novos templários", que, mais tarde ou mais cedo, darão sinal de vida. Neste caso de morte...
Já agora, coloco as diversas designações da Gládio nos vários países: Gládio (Itália), SDRAB (Bélgica), Absalon (Dinamarca), TD BJD (Alemanha), Taca na hEirieann (Irlanda), LOK (Grécia), Stay-Behind (Luxemburgo), I&O (Holanda), ROC (NORUEGA), Aginter (Portugal), P26 (Suíça), Counter-Guerrilla (Turquia), AGAG (Suécia), OWSGV (Áustria). Na França, Finlândia e Espanha, as designações destes exércitos secretos continuam desconhecidos, apesar das solicitações frequentes da União Europeia.
E "Os Novos Templários"? Que outras designações terão nos mais diversos países?
Estarão infiltrados nos movimentos "pacifistas" anti-sistema que proliferam pelo Mundo com o intuito de recolherem informações até que um dia entrem novamente em acção? Serão alguns movimentos tão pacifistas como parecem à primeira vista? Não haverá agitadores entre certos grupos anti-sistema para se justificarem certo tipo de actuações?
É só pensar um bocadinho...